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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Munique: Campo de concentração Dachau

No nosso último dia em Munique fomos conhecer o campo de concentração nazista Dachau, que fica bem perto de Munique. Já conhecíamos o campo de Sachsenhausen, em nossa visita a Berlim, em 2014 (leia aqui), e foi muito enriquecedor conhecer um pouco mais dessa história que afetou tantas pessoas. Fizemos o check-out no Hotel logo de manhã e deixamos nossas malas lá, para pegarmos na volta e partir para o próximo destino.
Pegamos o trem, linha S2 em direção Dachau/Petershausen e descemos na estação Dachau. Depois pegamos um ônibus bem na saída da estação em direção “Saubachsiedlung” e em 5-10 minutos já estávamos na porta do campo.

O campo tem entrada gratuita e você só paga pelo audioguia (apenas 3 euros), disponível em várias línguas, inclusive em português. Fomos até a recepção, pegamos o nosso com um senhor brasileiro muito simpático que trabalha no local (brasileiros estão em toda parte!) e seguimos para a visita. 

Dachau foi construído em 1933 pelos nazistas em uma antiga fábrica de pólvora, localizada aproximadamente a cinco quilômetros de Munique. Esse foi o primeiro dos campos de trabalhos forçados do governo nazista e o seu projeto serviu de modelo para os construídos posteriormente. O campo foi criado para aprisionar os políticos inicialmente, e chegou a ter mais de 180 mil presos. Há registros de que mais de 30 mil pessoas foram mortas ali, embora digam que o número possa ter sido bem maior.
Logo no Portão de ferro, a frase esculpida "O trabalho liberta", presente em todos os campos, já provoca o primeiro incômodo nos visitantes. Caras de pau, né!
Entrando na grande área, logo à frente está o prédio onde funcionava a parte Administrativa, que hoje é o Museu que conta toda a história e e reúne os registros da época. Escritos, depoimentos, roupas, pertences pessoais, enfim, toda a documentação guardada fica exposta em painéis, filmes, áudios etc.
Mais atrás está o bunker, um galpão com várias celas, onde os prisioneiros eram mantidos para punições.

Do outro lado, ficavam dezenas de galpões, que serviam como dormitórios, banheiros e lavatórios. Atualmente existem apenas dois galpões reconstruídos para visitação. Os demais, demolidos, são identificados apenas pela marcação de suas bases estruturais no chão. 
E bem ao fundo do terreno, passando os dormitórios, estão a câmara de gás e o crematório.

Para quem nunca visitou um Campo de Concentração, a visita é super válida e nos faz refletir sobre um passado não tão distante que demonstra como o ser humano pode ser cruel. É importante dizer que o povo alemão atual não se vangloria desse passado tenebroso. Muito pelo contrário, eles têm até vergonha dessa parte de sua história. A manutenção de campos de trabalhos forçados, assim como outros itens ligados ao período nazista, segundo os próprios alemães, são para que ninguém nunca se esqueça do que ocorreu no país, a fim de que jamais se repita. 

A visita durou cerca de 3 horas e passamos a manhã inteira por lá. Próximo à recepção tem uma boa lanchonete, que mais parece um refeitório, na verdade, onde aproveitamos para almoçar.

De lá, voltamos para a cidade, pegamos nossas malas no Hotel e seguimos para a rodoviária pegar nosso ônibus para Innsbruck, na Áustria, assunto do próximo post.

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